Dorme sobre o meu seio
Dorme sobre o meu seio,
Sonhando de senhor...
No teu olhar eu leio
Um lúbrico vagar.
Dorme no sonho de existir
E na ilusão de amar.
Tudo é nada, e tudo
Um sonho finge ser.
O espaço negro é mudo.
Dorme, e, ao adormecer,
Saibas do coração sorrir
Sorrisos de esquecer.
Dorme sobre o meu seio,
Sem mágoa nem amor...
No teu olhar eu leio
O íntimo torpor
De quem conhece o nada-ser
De vida e gozo e dor.
(Às vezes é bom nos aquietarmos para ouvir a voz dos grandes que já foram. Postei hoje esse poema de Fernando Pessoa, um grande mestre dessa nossa lingua e, sem sombra de dúvidas, da poesia universal. Olhem a sutileza com que o Mestre trata essa dúvida do amor, que apenas quem passa momentos como esse é capaz de decifrar: Aqueles momentos em que nem um nem outro quer, querendo.)
Sonhando de senhor...
No teu olhar eu leio
Um lúbrico vagar.
Dorme no sonho de existir
E na ilusão de amar.
Tudo é nada, e tudo
Um sonho finge ser.
O espaço negro é mudo.
Dorme, e, ao adormecer,
Saibas do coração sorrir
Sorrisos de esquecer.
Dorme sobre o meu seio,
Sem mágoa nem amor...
No teu olhar eu leio
O íntimo torpor
De quem conhece o nada-ser
De vida e gozo e dor.
(Às vezes é bom nos aquietarmos para ouvir a voz dos grandes que já foram. Postei hoje esse poema de Fernando Pessoa, um grande mestre dessa nossa lingua e, sem sombra de dúvidas, da poesia universal. Olhem a sutileza com que o Mestre trata essa dúvida do amor, que apenas quem passa momentos como esse é capaz de decifrar: Aqueles momentos em que nem um nem outro quer, querendo.)
2 Comments:
Sutis palpitações à luz da lua,
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.
:)
Gostava que me explicasse as ideias chaves do poema, nao o entendo muito bem...
Obrigado
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