Proibida vontade
Pela contingência fomos separados
E por ela também nos encontramos.
Se o tempo atrasasse pra mim
Ou pra você adiantasse
Talvez nossos corpos poderiam,
Na exaltada vontade,
Se chocar, entrar
Fraternalmente um n’outro
E isso, quem sabe, viraria amor.
Mas a Fortuna não quis assim
Me jogando numa espécie de desespero.
Não poderemos, nunca,
O calor seu e meu sentir!
Nunca poderei acariciar
Sua pele aveludada,
Seu rosto exuberante,
Seus olhos que tocam profundo,
Penetrantes e infinitos,
Seu sorriso jovial,
Seu coração de mel
E assim nesse frívolo existir,
Sentido se fazer gozo
De constelações que se chocam
E fazem o coração bater junto
E soar demasiado intrépido.
Não, não poderemos estar!
E isso tudo parece ser
Emoções que não posso sentir
Proibidas que se calam
Junto a noite, sozinhas.
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