Lúgubre madrugar
Incertezas que na noite
Assombram com'o vento frio,
Luar contido entre nuvens
Carregadas de memórias
E passam sob as estrelas;
A água cai e canta
Lúgubre pelas vielas,
Ruas e praças, janelas
Olham pra'quele ermo
Da madrugada, silêncio
A rondar, mas gritam alto
Os pensamentos, a roer
Frenéticos a cabeça
Inquieto sabor, tempestade
E lá fora o barulho
Ensurdecedor da desesperança
E aqui dentro o grito
Abafado da solidão
Do futuro despedaçado
E das memórias que se foram.
E o que resta é a rua,
Na madrugada, a ventania
O sereno e o silêncio
Eterno a agonizar constante
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