Devaneios e Loucuras

Simples verdades mentirosas e ilusões verdadeiras!

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Local: Mogi das cruzes, SP, Brazil

Intensidade e espontaneidade, assim a poesia acontece.

quinta-feira, junho 14, 2007

Vagante (In)Conformado

Vagando a ermo
Pelo deserto do Existir
Vou como areia
Sem ter rumo
Angustiado com o não-saber passo,
Ah, aliás, com o saber,
Porque é dele mesmo
Provida a angústia;
Saber, e por isso angustiar!

Todos os vivos poetas,
Os que morreram e os que inda vivem,
Sinto os todos em mim
Toda a filosofia sinto em mim,
E toda a angustia deles e minha;
É também minha!
Como um rebelde necessitado,
Assim como eles,
Querendo, no fundo, dizer:
Não pode ser!
E é!...
E É!

quarta-feira, junho 06, 2007

Carreguei-a de beijos
Quando nos encontramos
Naquele ponto do Universo
E estávamos lá e o mundo
Pairava opaco ao redor

Agora o mundo é só Você
E Eu, dançando junto a música
De nossos corpos
Parecendo orquestra
Orquestração da alucinação
Vinda do sonho de estar
Agora com você
E o Universo não importando mais

Eu a beijava fogosamente
E nos embebedávamos um do outro
Em suspiros do auspício
Com a lascívia que
Um pelo outro carregamos

terça-feira, junho 05, 2007

Conversa

Fiquei com vontade de falar!!!
Porra!, eu tenho isso dentro de mim, não me queiram tirar esse Coltraine da vitrola!
Esperavam, talvez, que fosse apenas me silenciar diante de vocês?
Não, não silêncio!
Possuo o diabo dentro de mim, e todo o fogo que dele provém.
Ardilosa conclusão de que sou apenas mais um...
E não é vocês que me calarem vão.
Olha, é simples, pega mais uma taça,
Beba a sua própria tragédia de conhecer a criminosa vida,
Que cumprimos pena sem mesmo cometermos algum crime.
(Porra!, que merda!,! e vem vocês com esse papo de Pecado Original?
Eu nem pedi pra nascer e já cometi um pecado?
Sou um renegado?... haff...
Pro diabo com isso que chamam de Deus!!!)
Então, aonde estávamos?...
Vamos ao banquete da natureza,
Onde o prato principal é uma ninharia
Chamada Humano.
Chamava Humano...
Quanto valor!
O quão triste me soa esta palavra agora. O quão outrora foi...
Endeusada (!?) ... tristeza absoluta essa de saber
Saber nada poder fazer
Para mudar minha Família.

segunda-feira, junho 04, 2007

Nirvana

Alcancei a iluminação, mais conhecida como Nirvana. Eu sei que vão me dizer que estou louco, mas é isso mesmo que quero que digam. A felicidade é para todos, mas poucos a encontrão, aliás, ela não necessita ser encontra, precisa ser desvelada. Ela não está em lugar nenhum, não ocupa um espaço físico. Mas alcancei o Nirvana, e hoje ainda fui mais alto por causa de certos trimtrimtrim`s.



Nada opaco sentimento
Obliquamente vindo do desejo
De querer juntar
Dois lábios!
Dois corpos!
Fundição carnal
Que estremece os nervos
Apaixonadíssimo pela vontade
De querer mais,
De gozar o gozo!

Hoje vou postar o texto de uma amiga, Daniela Dionísio, mulher que tive o prazer de conhecer na fila de Os Sertões, apesar de já nos conhecermos de muito antes :S:S (quem quiser entender entenda :S:S:S); Grande moça e excelentíssima amiga. É isso o que a cultura nos faz :S:S:S. Beijão para toda vida, pra vocês e pra ela!


Frio. Vento. Música.O mundo engole as palavras.O amor grita.Sua voz é rouca, sai fraca, mas grita.Sangra.Cospe o coração.Pega e examina.Não vê nada.
O que sente o coração?
Decidiu abri-lo para ver o que tinha dentro. Pegou a chave que estava no bolso esquerdo. Abre o cadeado e se depara com uma escada bem escura.
Toma coragem.
Precisa de fogo.
Acende uma vela. Fogo.Luz. Desce.Frio. Vento. Uma musica toca de longe. Um som leve de tambor misturado com o suave som de violinos. Escuridão. O vento apagou a vela. Tateia. Busca. Não pode seguir seu coração. Deita no chão. Esta perdido. Desiste e fecha os olhos na escuridão. Sente o corpo leve.
Começa a flutuar.
Seu corpo sobe. Sobe. Sobe. Encostam com a parte de cima, rosto, dedos, joelhos, pontas dos pés, em uma superfície. Gosmenta. Pegajosa. Tateia. Encontra uma corda que dá em um buraco. Consegue se desvencilhar da substancia que esta grudada em seu corpo.
Sobe. Sobe. Sobe. Som. Forte. Alto. Tambor. Tum.Tum. Ensurdecedor. A corda arrebenta. Consegue segurar. Em uma mão. A mão agarra a sua e puxa. Consegue subir.
Pergunta quem esta ali, mas sua voz não sai.Esta completamente mudo.Tateia. A mão sai da parede. Uma parede impenetrável. Descobre outras mãos. Ninguém fala. Só há mãos e o som do tambor. Entrega-se de vez ao cansaço. Encosta. Na parede. As mãos o agarra e o suga para dentro da superfície dura. Tenta escapar. È engolido. Tenta escapar.Escapar. Sua mão consegue. Ele não. Descobre. O segredo do coração.