Devaneios e Loucuras

Simples verdades mentirosas e ilusões verdadeiras!

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Local: Mogi das cruzes, SP, Brazil

Intensidade e espontaneidade, assim a poesia acontece.

terça-feira, abril 25, 2006

O caminho para chegar até a Princesa

Andando nas núvens
Eros encontrei
Ele me deu a mão e disse:
- Princesa!
Comecei a amar
Sem entender o soltei
E uma bacia ele em mim jogou
Bacia que me cobria por completo
E agora eu estava no oceano
O céu escuro sem nenhuma luz
E eu navegando em minha instabilidade constante
Sem enxegar fui me cegando
Mas o canto de ajuda da sereia ouvi
Quando olhei para trás
Lá estava o farol
Naveguei até ele
Quando eu o toquei ele virou o Sol
Com sua luz intensa comecei a encontrar a verdade
Mas a Medusa me raptou
E me deixou, propositalmente,
Perdido na terra de Nod
Caim me encontrou e me desafiou
Ganhei a briga e me libertei da escuridão
Estava perdido em uma espécie de deserto de areia cinza
Fiquei com fome e comecei a comer a areia...
Comi sem parar, fiquei pesado e furei o chão
Cai em minha cama
...
Feliz de encontrar a Princesa ao meu lado

segunda-feira, abril 24, 2006

Sinto, logo existo!

Não existe mais separação de corpo e razão. Os dois são diferente mas são uma coisa só. Uma caneta não serve de nada se não possuir tinta e vice-versa.
O próximo passo para a evolução da humanidade é esse: entender que nem a alma e nem o corpo é o mais importante, ambos formam o Eu, ambos formam todos os seres-humanos. Se podemos ter a certeza de que o que nos iguala como seres-humanos é o prazer e a dor, pois todos nos os sentimos, claro que cada um a sua maneira, mas somos sucessões de dor e prazer, também podemos dizer que é a relação de completariedade, importante observamos que não é a justaposição, entre alma (razão) e corpo, sendo que o prazer e a dor são fatos que podem ser sentidos e observados tanto na alma como no corpo.
Sinto, logo existo! Pois sentir também é pensar, e pensar não é nada mais do que sentir com a alma.
(Depois de uma super aula de antropologia filosóca com meu glorioso professor Atanásio (Grego), não há como não rever alguns conceitos e superá-los. É isso que Nietzsche quer, que superemos nossos conceitos, para assim superarmos a nós mesmos e evoluirmos.)

domingo, abril 16, 2006

?

Sem mesmo saber quem sou,
Talvez só imagine;
E eu também,
Crio uma figura que é você.
Mas às vezes nem chega perto.

A distância não é tão grande assim,
Mas meu coração já apertado anda
Pois não sei se quero aceitar,
Que a verdade seja,
A impossibilidade!

Começo a fugir, talvez de mim mesmo,
E encontro Ele,
O Destino, que de mim ri.
Ele realmente sabe a verdade?

Angustia sinto por não saber
Se o sr. Barbudo tomará minha frente
E não me deixará decidir por mim mesmo.
Mas eu não posso ficar nessa impossibilidade!

Preciso pegar uma carona na minha incerteza:
Ela, que às vezes faz com que eu me mova,
Tire Ele de minha frente,
Ele me atrapalha...
Que dúvida ele me deixa!...

Cupido, porque me atirou essa flecha?
Foi o Destino quem lhe deu a ordem?

Embriaguez de não saber o que fazer.
Embriaguez de estar estagnado e se movendo
Mas, sem saber, se
Para a direção onde ruma
É o lugar do sol,
Pensando que não vai acabar o eterno retorno
E de que é só mais uma vez que acontece
Por culpa do sr. Barbudo,
Que me faz sangrar pelo coração
E me deixa com o coração na mão,
Achando que eu procuro, em vão,
Achar um sentido para
Essa batida repentina,
Que subitamente começou...
E é assim... Vem de novo...
E eu choro, sem sentido
Tendo sentido muito.

(Nietzsche e o seu eterno retorno, que não cessa de voltar!... Ouvindo Jethro Tull - Mother Goose, depois de ter tocado na balada, que foi legal...)

quarta-feira, abril 12, 2006

Começo

Deixa meu coração bater
Já que assim eu crio asas
E posso voar por ai
Com uma plena ausência de dor

Deixa, pelo menos, sonhar
Porque, nem que seja só no sonho
Posso te ter... como obra de arte
E ficar só olhando...

Olhando esse seu olhar
Que fura meu coração inteiro
E eu sangro de tanta paixão
Mais que platônica paixão de quem ama

Olhando e sonhando com sua estátua humana
Que parece fugir de mim...
Isso me da angústia, e começo a chorar
Então, infelizmente, acordo


(Um dia talvez faça um que realmete seja melhor que esse e diga bem mais do que esse)

terça-feira, abril 11, 2006

Tsunami

Na onda do insuportável
Cabeça perdida em casa
Lá na sala
Deixou ela cair no vaso de imagens como detrito
Insuportavelmente as cabeças se esvaem
E, antes fossem com consciência
Não poluiriam as águas, que estão se acabando
E agora elas, nessa grande onda
Viram estrume do modismo
E assim fica tudo bom e tudo bem
Todos viramos mulas-sem-cabeça
Controlados por essa grande insuportável onda