Devaneios e Loucuras

Simples verdades mentirosas e ilusões verdadeiras!

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Local: Mogi das cruzes, SP, Brazil

Intensidade e espontaneidade, assim a poesia acontece.

domingo, julho 13, 2008

O meu maior medo

Não! Vocês não entenderiam
Mesmo que usasse todo o alfabeto,
Mesmo que falasse em todas as línguas,
Mesmo que desenhasse ou usasse qualquer linguagem,
Não entenderiam o medo que tenho da morte!
A questão não é deixar de viver por causa deste medo,
Pelo contrário, ele faz-me lembrar de viver mais, intensamente,
Não como muitos que, por causa dele, deixam a vida
E começam a viver voltados pro depois, uma vida com “sentido”.
Não sei do depois! Não há sentido! E ninguém pode dizê-los a mim!
É isso que temo: o estar aqui e depois
Simplesmente não estar mais!
Percebam! Percebam!... Sintam!!!
Estou aqui e vou para o incerto, o grande Desconhecido
E talvez quando chegar lá, não saiba, “porque deixo de Existir”...
Deixar de Existir... afinal, o que é isso, a Existência?!



(As religiões e doutrinas só existem para tentar sanar essa nâusea do humano, a nâusea da morte, a nâusea do sem sentido algum. Isso é apenas para refletir.)

quarta-feira, julho 09, 2008

Penso que o primeiro “teste” natural para se tornar um Homem seja vencer o medo da morte.
Utilizando um exemplo histórico: várias tribos indígenas faziam um teste de coragem, se o jovem passasse quer dizer que havia alcançado a maioridade.
Mas que “tipo” de homem é esse? Pressinto uma voz me cochichar, suave e melodiosa como um violino: um homem do conhecimento!
Que Homem é esse?
...
Vejo-me cercado de tudo isso como se estivesse sido escolhido por “uma força invisível” da natureza a ser o que Sou!
Destino?! – Acaso?! – Deus?! – Natureza?!
Chego ao pé de uma montanha, tudo escuro, já não sei nem se vejo;
Mas enxergo uma faísca fumegante de vontade-(curiosidade), um querer saber delirante... e percebo que na verdade a montanha é um precipício sem fim.
Algo empurra-me para um não-sei-o-quê, um não-sei-onde: Neste momento você experimenta a a-direcionalidade de Tudo!
Em palavras simples, talvez porém “chocantes”: o Nada.
... sim; claro. Estou ouvindo bem – digo a um estranho fantasma/(eu mesmo) –
Quer dizer, niilista?... ora, por favor!
Tudo gira mais uma vez e me desencontro – perco eu-mesmo
(Antes desse momento eu-mesmo podia significar meu-corpo e o que dele provém.
... não, não! Entendam bem: o que chamamos de razão também vem dele!
O que encontro é um nada de mim mesmo,
Uma centelha em meio a um Desconhecido!, Indivisível!, Irracional!)
E tudo isso é o momento sublime para alguns, como eu, que querem penetrar o Im-penetrável.
O Limite... a Morte!