Devaneios e Loucuras

Simples verdades mentirosas e ilusões verdadeiras!

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Local: Mogi das cruzes, SP, Brazil

Intensidade e espontaneidade, assim a poesia acontece.

sexta-feira, julho 28, 2006

Ego

Lágrimas caídas em rodopios frenéticos
Em cima de seu peito
Palpitante brusco
Na labuta da vida
Pegou a faca e sorriu
Abriu a janela,
Era noite e se perdeu
Uivos e uivos de gente
Achou ele e matou,
Cravou em seu peito
Deixando sangrar rios...
Até descobrir que matou
Mais um de si mesmo!

segunda-feira, julho 17, 2006

Sobre o amor e o ódio

A primeira coisa que ama-se em uma pessoa é o jeito da pessoa, o corpo da pesosa, o rosto. O tesão é o amor em seu aspecto físico, conforme entra-se na vida da pessoa o amor passa a paixão.
Na paixão os sentimentos se intensificam, move-se tudo para saciá-la. A paixão é linda, seu primeiro aspecto é passar por cima de você mesmo, depois, quanto mais tempo com a pessoa, vira uma paixão mais verdadeira, que você não muda quem você é, e ela se torna gigante.
O amor só evolui a amor depois de bastante tempo na última paixão. Ele é construção do tempo, nunca se ama uma pessoa em 3 ou 4 meses, só depois de um convívio, quase como casados. Então chega -se ao estado do odio e do amor, esses dois opostos que são a mesma coisa, praticamente, ou pelo menos são diferentes mas representam uma coisa que é quase como igual. Transcendem o que é bom e o que é mal.
Começa-se a odiar aquela pessoa, o seu jeito, o tempo que passa com ela, o doar-se a ela, mas não consegue acabar o relacionamento. Não consegue por insegurança, como se o ego precisasse daquela pessoa. Ela praticamente torna-se você.
Ai é quando o tesão e a paixão voltam, aquele vazio novamente que você só preenche com a pessoa, e por isso a odeia mais, em consequência dessa mistura toda você ama mais e mais a pessoa.
O problema é que confundimos o amor e o ódio em algo que é como posse, algo que podemos possuir, "pegar". Se entendermos que eles não são posse, se entendermos que eles estão no âmbito muito mais do sentido espiritual, que depois acaba misturando se com o corpo, pois eles são uno, agente poderia entender que o amor e o odio são quase como os mesmos, e o são.
Assim, você ama verdadeiramente quem você ama e odeia verdadeiramente quando você odeia. O odio é um sentimento oposto a amor, mas é igual a ela, e vice-versa.

quinta-feira, julho 13, 2006

2=1

A justeza da igualdade
Do que é todos e se torna um.
Vamos a unidade contemplar
Do que é múltiplo,
Pois só depois de passarmos por esse estreito caminho
Mergulharemos no céu
Para chegar ao infinito,
Que é apenas ele,
E é todos nós.