Tempo
Eu olho para tudo e tudo parece-me velhíssimo.
Espanto sublime de ver a Existência quase como passado,
Opaca, sem brilho e incolor, disforme em um Tempo
Que não sei se existe. Porque todas essas coisas dispostas,
Uma em cada lugar, com sua aparência?
É tudo tão gelatinosamente palpável, endurecido!
E eu no meio a Tudo, fazendo o quê?
Pergunto!, e grito!, e choro!, e rio!
Estático em meio a estaticidade Universal,
Em meio a instantes que sempre passam e não param de passar...
Um repouso quase parmenídico, totalmente heráclitiano
Que não passa indo-embora e ficando.
Espanto sublime de ver a Existência quase como passado,
Opaca, sem brilho e incolor, disforme em um Tempo
Que não sei se existe. Porque todas essas coisas dispostas,
Uma em cada lugar, com sua aparência?
É tudo tão gelatinosamente palpável, endurecido!
E eu no meio a Tudo, fazendo o quê?
Pergunto!, e grito!, e choro!, e rio!
Estático em meio a estaticidade Universal,
Em meio a instantes que sempre passam e não param de passar...
Um repouso quase parmenídico, totalmente heráclitiano
Que não passa indo-embora e ficando.