Devaneios e Loucuras

Simples verdades mentirosas e ilusões verdadeiras!

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Local: Mogi das cruzes, SP, Brazil

Intensidade e espontaneidade, assim a poesia acontece.

terça-feira, agosto 12, 2008

Filosofando

Ultimamente tenho gostado de escutar o silêncio, e percebo que de quieto ‘ele’ não tem nada: há o som do mundo gritando, esgoelando o barulho do que está ‘acontecendo agora’. – as coisas fazem barulho por quê? - O infernal acontecer do mundo, esse monstro que é a Existência, o grande parmenídico Repouso, onde mora o Infinito, acontece e faz barulho, mas atrás dele esconde-se um incansável silêncio, como se fosse uma pausa e o Existir infinitas semibreves ligadas.
Jogo-me agora a este outro silêncio, o qual poucos se dão a escutar, poucos seres capazes de enfrentar o medo de perder todas as certezas triviais que nos são presenteadas quando ‘começamos a existir’ e com uma fome insaciável de procurar uma resposta, que apenas quem procura sabe; o que disser para os outros, ele sabe, são apenas pistas da interminável jornada em ‘busca de entender o que É’. A porra toda é a Existência!
E também o oposto a ela por excelência, o que extrapola todos os nossos limites de humano: o Nada! E para este sempre haverá a pergunta: e se tudo terminar ‘aqui’? Essa pergunta criará um paradoxo interminável de afirmações contrárias que novamente baterão em nossa cara o limite intransponível do que não podemos ultrapassar, o fato de sermos Humanos.
Este silêncio, o mais avassalador de todos os sons, é que me ocupo e tenho dado ouvidos, sei que caí em um precipício sem fim...