Sintaxe
(Texto escrito à 4 patas, experimentando a materialidade da estética, junto a meu camarada Fabio M. Namura. Saúde, meu velho rabugento.)
Do demônio, nos braços residia
a refração de aparentes dentes.
a refração de aparentes dentes.
E olhou pro céu, e quando mais fundo olhava, mais via;
e alto via que tudo era fundo.
E isso era um bom enigma
Já pra quê, não via,
E ver enigma-imagem, imagem-enigma
Sem ponto para fuga.
Que em cada ponto era um universo
A reprodução, quentíssima, do buraco único
que há nada escapa é capturada
Jatos relativísticos de puro sentimento e emoção
Fascínio e melancolia do tempo e
do cão, varre-lavras, o sete peles.
O grande dragão do sul, jeriquitana
do Leste e seus olhos verde-vermelho
O eroticamente-audacioso quis entender a própria cabeça
E varreu a si, e ao mundo, com sangue falso
solução simples, algum cianato desses qualquer.
Queria mesmo era andar de costas, fazer o dia evaporar.
11/05/2019 às 23:52hs