Devaneios e Loucuras

Simples verdades mentirosas e ilusões verdadeiras!

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Local: Mogi das cruzes, SP, Brazil

Intensidade e espontaneidade, assim a poesia acontece.

terça-feira, agosto 22, 2006

Reflexão III

Nave profética
viajante da luz
andantina, cóscegas
faz por irônica ser
e grita no fundo
do poço onde se encontra.
Tenta rezar mas
o faz negando
a si próprio e a Ele,
quando descobre que
Ele não existe!

sábado, agosto 12, 2006

Reflexão II

Sua crença determina a sua existência: se existe pelo que se crê. A existência então se dá atravez daquilo que se acredita. Como existir algo que você, nele, nem crê?
Mas há um problema: outros podem crer naquilo e, para eles, aquilo se torna a existência: a razão de eles existirem e viverem se torna aquilo.
Chegamos a um impasse: Crer naquilo que nós acreditamos ou naquilo que os outros acreditam? E, de certa forma, aquilo em que acreditamos não acreditamos porque os outros acreditam?

segunda-feira, agosto 07, 2006

Pântano dos sorrisos tristes

Jaz em epitáfio o que um dia foi amor
embaixo do lodo dessa floresta negra,
Pântano.
Entre árvores derretidas pela acidez da chuva
que cai, em forma de pregos
E faz o vendo mover-se constante em fúria,
esfolando-me, queimando-me;
Arrasame por completo olhar para cima.
Este céu negro!
Solidão;
Nu entre eu e eu mesmo,
pois até a falta me falta
e o esquecimento já me esqueceu.
Não sei se sou o morto
ou sou quem sofre a perda.
Devo ser os dois!
Ãh Deus, resgata-me!
Agora, aqui perdido...
Tristeza.
Ãh Vênus, poupa-me uma vez!
Devolva-me o brilho da lua;
Eu choro!
Nem mais o inferno é refúgio.
Dor;
Tirem-me o coração,
não pretendo mais amar.
O amor sucumbe o ai...
Queda brusca!
Não posso nem chorar seus cabelos,
não posso nem gritar.
Acordei do sonho e não posso mais sonhar,
urubus comeram minhas pálpebras
achando que eu era defunto.
Sou!?
Não devo ser mais que isso.
Aqui no pântano dos sorrisos tristes das árvores,
Aonde vou achar uma rosa para me alegrar?


(Texto antigo que já esteve aqui no blog. Quis recolocá-lo por um motivo: não há motivo para recolocá-lo... nem para não recolocá-lo. E esse é o motivo!)

quarta-feira, agosto 02, 2006

Dúvida

Acreditando sem acreditar
E encontrando no já perdido.
Aparentemente cego na luz
Do que é gelado e quente...

Não acreditar acreditando
No que se acha ser saber.
Escura é a noite clara
Do dia que se faz negro...

A certeza, onde mora?
Dentro de cada e/ou lá em cima?
Ou até ela mora na incerteza
De tudo ser mal e bom?

(Simples silogismo complexo: Deus é dúvida. A dúvida é o inferno. Portanto... (quem quiser entender, entenda!))