Devaneios e Loucuras

Simples verdades mentirosas e ilusões verdadeiras!

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Local: Mogi das cruzes, SP, Brazil

Intensidade e espontaneidade, assim a poesia acontece.

terça-feira, maio 30, 2006

No som de deixar surdo,
Neste silêncio universal do escuro,
O alto chama nosso nome
E faz-se guerra branca e quieta.
Ouvimos a voz que pergunta:
- És gota ou oceano?
E poucos se levantam e florecem.

(não postei o resto desse texto porque acho que ele só ficou um pouco legal até aqui, também não sei o título dele)

sábado, maio 20, 2006

Andarilho

Caminhando por essa rua
Escura que não parece ter fim
Carros passam embriagados
Com suas tintas sinuosas
E eu me perco
Em meio a luzes e escuridão
Conhaques e estrelas quentes
Saudade
De um tempo que já foi
E de um que está para chegar
E decido parar e pedir um cigarro
Para o mendigo que mendigava na praça
E a sua ociosidade me vez olhar a lua
Que, naquele momento,
Se escondia por trás de
Uma nuvem...
E o mendigo era como essa nuvem
Que vagava sem ter tempo
Para chegar,
Sem se escravizar com o relógio
Acendi o cigarro e sai fumando
Cheguei em uma esquina
Parei...
Terminei meu cigarro olhando uma
Estrela que me encarava
E ela queria dizer algo...
Não entendi, fiquei triste,
Joguei o cigarro no chão e caminhei
Escolhi o caminho para chegar a algum lugar
E esse lugar, não sei o que é...
Ainda vago para chegar nele,
Sem saber se o encontrarei
Ainda ando nessa rua escura,
E por ela ainda passam carros embriagados,
E agora o mendigo deve estar lá sentado na praça
Fumando humildemente um cigarro
Sem se preocupar se chegará
E eu fico aqui andando
Um andarilho com esperanças
Vagando a procura
De algo que não sei se vou encontrar...

quinta-feira, maio 11, 2006

Transmutação

Domínio da cabeça
Levado ao que pensa ser
O que comanda,
E a guerra vem vermelha
Para ser a noite,
Na madrugada ela se faz,
Com a morte dos pés
Pisando em pregos
E eles são nos mesmos:
Todos somos pregos de cabeça achatada
Em nosso próprio mundo,
E torna-se um mundo coletivo
Onde a coleita vira lixo
E o lixo vira Homem!
E aguardamos a aurora,
Onde, após a guerra,
O sol irá se irradiar
E a Verdade se levantará
Como a manhã,
Clara e ríspida...
Azul-negra!

quarta-feira, maio 10, 2006

Num sonho

Como um pintor queria pintar seu rosto
Suave
Ventando tinta por sobre sua face
Nívea face...
Faz-me estremecer!
Tremendo do gozo do amor
Percorrendo a estrada da ilusão
Que leva o sonho ao altar!
E Dionísio se faz prazer,
No nosso lânguido prazer
Em que a carne se torna espírito.
E na comunhão do eterno
Gritamos: Amém!
E nos amamos!
Nesse calor... nada calmo...
E depois vem o frio...
O frio de querer novamente.
...
Garrafas a mercê da cabeça
No devaneio da paixão
Que é loucura enquanto paixão
Pois ela contempla a loucura por ser
Ela mesma, filha de macho e fêmea
Que se amam com fervor devotamento ao prazer
Que nada tem de errôneo
Gozo!

sexta-feira, maio 05, 2006

Me tornar o vento

Me tornar o vento
Para poder vagar distante
E percorrer distâncias impercorríveis
Só para te alcançar
E poder te tocar, te abraçar.
Mas desejo ser um vento quente
Para te esquentar,
Para te proteger
Dos monstros e perigos
E te levar, sã e salva,
Para seu altar;
Então me curvarei a você,
Beijarei seus pés
E aguardarei seu chamado:
Pois eu sou aquele que te guarda,
Que te dá forças e que te afaga...
Mas também sou aquele que por você chora!
(Só não gostei do título, um dia faço um que seja digno)